As contas externas do Brasil tiveram um déficit de US$ 2,516 bilhões em abril de 2024, segundo o Banco Central informou nesta sexta-feira (24). Em abril de 2023, o déficit foi de US$ 247 milhões nas transações correntes, que incluem comércio de mercadorias, serviços e transferências de renda com outros países.
A piora na comparação anual se deve à queda de US$ 578 milhões no superávit comercial. Além disso, os déficits em serviços e renda primária aumentaram em US$ 844 milhões e US$ 1,1 bilhão, respectivamente.
A renda secundária passou de um déficit para um superávit de US$ 249 milhões.
Nos 12 meses encerrados em abril, o déficit em transações correntes foi de US$ 35,271 bilhões, ou 1,57% do PIB, comparado a US$ 33,002 bilhões (1,48% do PIB) no mês anterior. Em abril de 2023, o déficit era de US$ 50,646 bilhões (2,52% do PIB).
Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, afirmou que as transações correntes têm um cenário robusto, com tendência de redução nos déficits em 12 meses que se inverteu a partir de março. Ele ressaltou que o déficit é baixo para os padrões da economia brasileira e está financiado por capitais de longo prazo, principalmente investimentos diretos. “Com isso, temos condições de financiar a economia brasileira”, afirmou.
Os Investimentos Diretos no País (IDP) em abril somaram US$ 3,867 bilhões, um aumento de 26% em relação aos US$ 3,059 bilhões em abril de 2023.
No acumulado de janeiro a abril de 2024, o déficit nas transações correntes foi de US$ 17,310 bilhões, comparado ao saldo negativo de US$ 12,867 bilhões no mesmo período de 2023.