A Petrobras anunciou que cinco refinarias e a subsidiária Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A (TBG) foram retiradas do plano de privatização, alinhando-se ao novo Plano Estratégico para 2024-2028.
O comunicado foi feito após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar aditivos que alteram os acordos de 2019, que definiam as regras para a venda dos ativos. Assim, a Petrobras manterá o controle da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Refinaria Gabriel Passos (Regap), Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor).
A Petrobras continuará controlando 51% das ações da TBG, enquanto as demais participações estão divididas entre a belga BBPP Holdings e a boliviana YPFB Transporte.
As vendas de refinarias e subsidiárias, além de diversos campos de petróleo, foram realizadas conforme a política de desinvestimento do governo Bolsonaro. Refinarias como a Landulpho Alves (RLAM), Isaac Sabbá (Reman) e a Unidade de Industrialização de Xisto (SIX) foram vendidas.
O Cade, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, acompanhou o processo de negociação dos ativos. Os Termos de Compromisso de Cessão (TCCs) firmados em 2019 tinham o objetivo de aumentar a competitividade no mercado.
Na última sexta-feira (17), a Petrobras formalizou ao Cade propostas para manter o controle da TBG e das cinco refinarias. A estatal justificou que houve baixo interesse e propostas inadequadas, além de afirmar que as vendas não resultaram em redução de preços ao consumidor final.
A Petrobras argumentou que a política energética nacional e os projetos de transição energética seriam afetados pelas vendas. Foram mencionados investimentos para adaptar as refinarias à produção de biocombustíveis, e a TBG foi destacada pela sua importância na descarbonização das operações.
Para promover a competitividade, a Petrobras comprometeu-se com diretrizes comerciais justas para entregas de petróleo e a oferta de Contratos Frame para refinarias independentes. A estatal garantiu que a TBG continuará a negociar de forma transparente com diversos carregadores independentes.