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Queimadas expõem os maiores erros da gestão Lula no meio ambiente e política, dizem especialistas

Governo é criticado por falhas na prevenção e resposta tardia, afetando a reputação do Brasil no cenário global

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A gestão do presidente Lula (PT) tem enfrentado duras críticas tanto no Brasil quanto no exterior em relação às queimadas que devastam o país em 2024. Com mais de 159 mil focos de incêndio registrados até setembro e a destruição de 6,7 milhões de hectares na Amazônia, o governo admitiu que “não estava preparado” para lidar com a situação, gerando uma crise ambiental sem precedentes. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que o aumento de 100% nas queimadas em comparação com 2023 colocou o Brasil em uma posição delicada no cenário internacional​.

Apesar da liberação de R$ 514 milhões para o combate aos incêndios, o governo Lula é amplamente criticado pela falta de prevenção e pela ineficiência em lidar com as causas dos incêndios. Especialistas apontam que o governo deveria ter agido de forma mais rápida e efetiva, considerando que já existiam alertas desde o início do ano sobre a gravidade das secas e o risco elevado de incêndios. Além disso, a decisão de explorar petróleo na Amazônia e a reconstrução da rodovia BR-319, atravessando áreas sensíveis, são vistas como ações que contradizem o discurso ambiental de Lula​.

Os principais erros da gestão Lula

  1. Falta de Prevenção: Desde o início do governo, havia expectativas de uma mudança significativa na política ambiental em comparação com a gestão anterior. No entanto, especialistas afirmam que o governo falhou ao não adotar um plano preventivo para lidar com as queimadas, mesmo diante de alertas claros sobre a gravidade da situação climática​.

     

  2. Respostas Tardias: A liberação de recursos e o envio de equipes para combater os incêndios vieram tarde demais. A falta de uma estratégia clara de contingência expôs a fragilidade da gestão no enfrentamento de crises ambientais. As críticas aumentaram após a admissão de Lula de que o governo “não estava 100% preparado”.

     

  3. Jogo Político: A pressão do agronegócio e de setores interessados na exploração de recursos naturais limitou as ações do governo em relação à proteção ambiental. A promessa de Lula de criar uma “Autoridade Climática”, que supervisionaria medidas de proteção ambiental, foi abandonada, o que também contribuiu para o aumento das queimadas e a falta de coordenação entre ministérios.

     

Impacto global e críticas internacionais

O Brasil, que deveria se consolidar como um líder ambiental global, agora vê sua reputação em risco. Sérgio Leitão, diretor do instituto ambiental Escolhas, afirmou que a gestão Lula precisa de medidas muito mais amplas e imediatas para evitar que as queimadas destruam tanto o meio ambiente quanto a credibilidade do país. Além disso, Carlos Nobre, climatologista brasileiro, destacou que o Brasil está perdendo a oportunidade de ser uma referência mundial em preservação ambiental​.

A situação também afeta a política externa do Brasil, especialmente nas negociações sobre o clima e a proteção da Amazônia. A mídia internacional, como a DW, destacou que os sucessos iniciais do governo Lula na área ambiental “viraram fumaça” diante da falta de ação eficaz para conter as queimadas​.

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