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Taxa do lixo articulada por Sandro Mabel e aprovada na Câmara Municipal de Goiânia; conheça os vereadores que votaram a favor

Nova cobrança, que entrará em vigor em 2025, gera revolta entre moradores de Goiânia; classe média e pequenos comerciantes devem arcar com o maior impacto.

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Por Gil Campos: Goiânia, 18 de dezembro de 2024 (23/12/2024) – A Taxa de Limpeza Pública (TLP), conhecida como Taxa do Lixo, foi aprovada pela Câmara Municipal de Goiânia em uma sessão marcada por controvérsias e críticas. A nova cobrança, articulada pelo prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil), terá valores anuais que variam entre R$ 258 e R$ 1.600 e começará a ser cobrada a partir de abril de 2025. A medida promete pesar no orçamento das famílias goianienses e de pequenos comerciantes, provocando forte insatisfação popular.

Vereadores que votaram a favor da Taxa do Lixo:

  1. Anselmo Pereira (MDB)
  2. Bessa (DC)
  3. Bill Guerra (MDB)
  4. Denício Trindade (União Brasil)
  5. Dr. Gian (MDB)
  6. GCM Romário Policarpo (PRD)
  7. Geverson Abel (Republicanos)
  8. Henrique Alves (MDB)
  9. Igor Franco (MDB)
  10. Isaías Ribeiro (Republicanos)
  11. Juarez Lopes (PDT)
  12. Leia Klebia (Podemos)
  13. Léo José (Solidariedade)
  14. Lucas Kitão (União Brasil)
  15. Paulo Magalhães (União Brasil)
  16. Ronilson Reis (Solidariedade)
  17. Sabrina Garcez (Republicanos)
  18. Thialu Guiotti (Avante)
  19. Welton Lemos (Solidariedade)

Nota: O vereador Novandir Rodrigues da Silva não participou da votação e o seu posicionamento é contrário ao projeto de lei.

Vereadores que votaram contra a Taxa do Lixo:

  1. Aava Santiago (PSDB)
  2. Cabo Senna (PRD)
  3. Fabrício Rosa (PT)
  4. Joãozinho Guimarães (Solidariedade)
  5. Kátia Maria (PT)
  6. Leandro Sena (Solidariedade)
  7. Markim Goyá (PRD)
  8. Pedro Azulão Jr. (MDB)
  9. Sandes Júnior (MDB)
  10. Willian Veloso (PL)

Questionamentos e críticas

A aprovação da Taxa de Limpeza Pública em Goiânia gerou fortes críticas de vereadores de oposição e de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), que questionaram a constitucionalidade da medida. Segundo a OAB-GO, o projeto apresentado pela Prefeitura de Goiânia carece de transparência sobre a aplicação dos recursos e viola princípios fundamentais do ordenamento jurídico.

A vereadora Kátia Maria (PT) classificou o projeto como uma “arbitrariedade”, argumentando que não há garantia de que a arrecadação será destinada à limpeza pública. Já o vereador Fabrício Rosa (PT) destacou que a cobrança é uma escolha da gestão municipal, que optou por onerar os mais pobres. “O projeto é injusto. Fizemos um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas contra a taxa. Quem sabe sobre a cobrança é contra, e quem não sabe, quando descobre, se posiciona da mesma forma”, afirmou Rosa.

Articulação de Sandro Mabel

O prefeito eleito Sandro Mabel, indicado político do governador Ronaldo Caiado, defendeu a criação da taxa como “necessária para atender a uma obrigação legal”. Apesar das críticas, Mabel já sinalizou que manterá a TLP como um dos primeiros atos de sua gestão. A postura do prefeito eleito levantou dúvidas sobre sua capacidade de conduzir um governo em diálogo com a população.

Além disso, tanto Sandro Mabel quanto Ronaldo Caiado enfrentam atualmente processos de inelegibilidade, o que intensifica as discussões em torno da legitimidade de suas articulações políticas.

Impacto financeiro

A Taxa do Lixo em Goiânia oferece isenção para imóveis com valor venal de até R$ 173 mil, mas a classe média e os pequenos comerciantes serão os mais impactados pela nova cobrança. Especialistas apontam que, embora a medida seja justificada como uma “obrigação legal”, sua implementação em 2025 pode agravar ainda mais a insatisfação popular e prejudicar a economia local.

A celeridade com que a Câmara Municipal aprovou o projeto também chamou atenção. A proposta foi incluída na pauta com pouca antecedência e votada em tempo recorde, gerando ainda mais críticas sobre a falta de transparência e debate público.

 

ERRATA (23/12/2024)

Sobre a aprovação do projeto de lei da taxa do lixo, esclarecemos que o vereador Novandir Rodrigues da Silva não participou da votação. Conforme registrado no Relatório de Voto da 107ª Sessão Ordinária, o vereador estava ausente durante a deliberação.

Ressaltamos que o posicionamento do vereador Novandir Rodrigues da Silva é contrário ao projeto de lei e sua ausência ocorreu devido à inclusão da matéria para votação por “Inclusão e Inversão” enquanto o parlamentar cumpria agenda externa.

Gil Campos

Gil Campos, publicitário, jornalista e CEO do Grupo Ideia Goiás e Jornais Associados, é o fundador dos veículos Folha de Goiás, Opinião Goiás e Folha do Estado de Goiás. Com uma visão inovadora e estratégica, ele transforma o jornalismo em Goiás, oferecendo notícias de qualidade, análises profundas e cobertura dos principais fatos no Brasil e no mundo. Fale com Gil Campos: WhatsApp: (62) 99822-8647 E-mail: gil_campos@folhadegoias.info | gil_campos@opiniaogoias.com.br | gil_campos@folhadoestadodegoias.com.br

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