O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (SD), enfrenta um momento crítico em sua gestão. A aprovação da taxa do lixo, articulada por Sandro Mabel (UB) e aprovada pelos vereadores da Câmara Municipal, colocou Cruz no centro das atenções. A medida gerou uma rejeição expressiva por parte da população e levantou questionamentos sobre os interesses políticos em jogo.
Rejeição popular massiva
Uma enquete realizada pelo Jornal Folha do Estado de Goiás apontou que mais 90% dos moradores de Goiânia são contrários à criação da taxa do lixo. Para os goianienses, que já enfrentam uma alta carga tributária e serviços públicos insatisfatórios, a medida representa um peso adicional que reflete a má gestão administrativa e o inchaço da máquina pública.
Articulação política e silêncio estratégico
Sandro Mabel, futuro prefeito de Goiânia, tem articulado intensamente para viabilizar a taxa antes mesmo de assumir o cargo em 2025. Sua estratégia é vista como uma tentativa de transferir o desgaste político para Rogério Cruz, que se encontra isolado. Enquanto isso, outros atores políticos envolvidos na articulação permanecem em silêncio, protegendo suas imagens.
A pressão sobre Rogério Cruz aumenta, pois sua decisão pode impactar diretamente a transição de poder e a relação com a população, que já demonstra grande insatisfação com a medida.
Análise crítica: o dilema de Rogério Cruz
A escolha de Rogério Cruz pode definir seu legado político. Caso sancione a taxa, ele corre o risco de ser visto como responsável por uma medida amplamente rejeitada, comprometendo ainda mais sua relação com a população. Por outro lado, vetar a proposta seria um ato de coragem, demonstrando que ele está disposto a enfrentar pressões políticas para defender os interesses da população.
Essa decisão vai além de uma simples aprovação ou veto; ela representa o momento em que o prefeito pode se posicionar de forma clara entre os interesses da elite política e as demandas legítimas da população de Goiânia.