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Governo Lula adia dedução de perdas dos bancos e garante R$ 16 bilhões aos cofres públicos

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Goiânia, 16 de outubro de 2024 — Em uma medida que promete reforçar os cofres públicos e impactar diretamente as instituições financeiras, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma Medida Provisória (MP) que adia para 2026 o prazo para que os bancos possam deduzir as perdas com inadimplência na base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

A estimativa é que a medida injete R$ 16 bilhões nas contas do governo, aliviando o cenário fiscal no curto prazo e evitando uma queda significativa na arrecadação em 2025.

Impacto para o setor financeiro

A decisão de adiar a dedução das perdas foi tomada em meio à necessidade de equilibrar as contas públicas, com o governo buscando fontes alternativas de arrecadação diante do aumento das despesas. Ao empurrar o prazo para 2026, o governo garante uma arrecadação maior no ano que vem, sem comprometer as expectativas orçamentárias para 2024.

Análise tributária

Especialistas em direito tributário apontam que, embora a medida represente um alívio para o governo, ela também impõe um desafio adicional ao setor bancário. Leandro Roesler, advogado da RMS Advogados, comentou: “A intenção do governo é minimizar a queda de receita, mas esse movimento busca um equilíbrio delicado entre a necessidade de arrecadação e o impacto que essa postergação pode gerar nas instituições financeiras.”

A mudança afeta diretamente os bancos, que terão que lidar com uma maior carga tributária no curto prazo, até que a dedução volte a ser permitida.

Cenário fiscal

O governo tem buscado alternativas para cobrir o rombo fiscal, e essa Medida Provisória surge como parte de um pacote de medidas de contenção de gastos e aumento de receita. Com a pressão por cortes e a necessidade de cumprir as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal, o adiamento da dedução fiscal das instituições financeiras representa uma jogada estratégica para aumentar a arrecadação sem a necessidade de novos impostos.

Gil Campos

Gil Campos, publicitário, jornalista e CEO do Grupo Ideia Goiás e Jornais Associados, é o fundador dos veículos Folha de Goiás, Opinião Goiás e Folha do Estado de Goiás. Com uma visão inovadora e estratégica, ele transforma o jornalismo em Goiás, oferecendo notícias de qualidade, análises profundas e cobertura dos principais fatos no Brasil e no mundo. Fale com Gil Campos: WhatsApp: (62) 99822-8647 E-mail: gil_campos@folhadegoias.info | gil_campos@opiniaogoias.com.br | gil_campos@folhadoestadodegoias.com.br

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