Simone Tebet defende revisão estrutural dos gastos públicos em meio à pressão do mercado financeiro
Goiânia, 16 de outubro de 2024 — Diante da crescente pressão do mercado financeiro por cortes nas despesas públicas, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, declarou nesta terça-feira que chegou o momento de realizar uma revisão estrutural dos gastos públicos no Brasil.
Em seu discurso, Tebet enfatizou que as regras do arcabouço fiscal serão mantidas, mas alertou que não é mais viável ajustar as contas públicas apenas com foco na arrecadação. Segundo ela, é essencial buscar soluções que incluam o controle rigoroso de despesas, visando garantir um equilíbrio sustentável para a economia brasileira.
A busca por equilíbrio fiscal
Tebet ressaltou que a estratégia de equilíbrio fiscal precisa ir além da simples geração de receitas. “Não podemos continuar buscando soluções apenas pela ótica da arrecadação”, afirmou a ministra, destacando a urgência de reformas estruturais que promovam a responsabilidade fiscal e assegurem um futuro financeiro estável.
O arcabouço fiscal, estabelecido como uma das principais bases para a condução da política econômica do governo, estabelece metas de controle de gastos e receitas. No entanto, conforme apontado pela ministra, apenas manter essas regras não será suficiente para conter o rombo fiscal sem uma abordagem mais profunda no controle de despesas.
O desafio de ajustar as contas públicas
A declaração de Simone Tebet ocorre em um momento crítico, quando o governo busca alternativas para conter o crescimento da dívida pública e, ao mesmo tempo, lidar com as demandas por investimentos sociais e infraestrutura. A revisão estrutural dos gastos surge como uma das soluções viáveis para evitar aumento de impostos e conter o descontentamento do mercado.
Especialistas econômicos já apontam que o governo precisará tomar decisões firmes em relação ao controle de despesas para evitar desequilíbrios fiscais que podem gerar incertezas no mercado e, consequentemente, pressões inflacionárias.
Desafios à frente
A fala da ministra sinaliza uma disposição clara para enfrentar o desafio de ajustar as contas públicas de maneira mais abrangente. Com a economia brasileira enfrentando um cenário de instabilidade e uma crescente pressão por cortes, a abordagem de Tebet pode ser decisiva para a trajetória fiscal do país nos próximos anos.